Como a Negligência Emocional nos Afecta
Muitos de nós caminhamos pela vida com numerosos danos emocionais. Os mais comuns são as depressões e a ansiedade; sendo que ambas têm muito impacto nos relacionamentos afectivos.
De onde surgiram estas problemáticas?
Na maioria das vezes da infância, em particular da primeira infância.
A forma como fomos cuidados quando eramos crianças pequenas tem um efeito desmesurado na nossa vida profissional e pessoal.
O que necessitamos é, acima de tudo, pais responsivos: adultos que cuidam das nossas necessidades com sensibilidade e carinho.
Isso, literalmente, define muito das nossas vidas.
Pode não parecer muito importante, mas devido à falta desse amor responsivo, muitas vidas estão aquém do que poderiam e deveriam ser.
“A negligência emocional na infância afecta profundamente o desenvolvimento”
Entre as pesquisas que permitiram demonstrar os efeitos da negligência nas crianças está a “Still Face Experiment” -, efectuada pelo Dr. Ed Tronick, director da Unidade de Desenvolvimento Infantil da Universidade de Harvard.
Se uma criança pode ficar tão transtornada após alguns segundos de comportamento frio e insensível por parte da mãe, podemos ficar com uma noção do que pode acontecer se este género de negligência persistir ao longo de anos.
Não é de admirar que alguns de nós não nos sintamos muito bem interiormente. Basta ter passado por situações idênticas às do vídeo durante os primeiros anos da nossa vida (ou mais) para que marcas – profundas ou leves -, nos acompanhem.
“O amor é imprescindível para a estabilidade emocional”
Mas aperceber-nos de como somos vulneráveis não nos deve entristecer. Pelo contrário, podemos compreender melhor como fracassamos e estabelecer um elo entre o passado e as nossas dificuldades presentes.
Experiências como a “Still Face Experiment” são uma preciosa ajuda para nos compreendermos emocionalmente, e lançam uma luz científica sobre as origens dos nossos problemas.
Esta experiência prova algo inquestionável: o amor é imprescindível para a sanidade mental. A quantidade, mas principalmente, a qualidade desse amor, é determinante para uma vida que se deseja emocionalmente rica.
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