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fobia escolar

Fobia Escolar

A fobia escolar é um quadro ansioso que surge já depois de vencido o medo normal da entrada para a escola, e quando a criança se encontra aparentemente adaptada.

Em nosso entender a “fobia escolar” é uma situação equivalente à da neurose de angústia e, portanto, um quadro dominado pela angústia e pela perspectiva ansiosa.

A “fobia de escola” é um medo sem objecto, duma criança já adaptada ao ambiente escolar.

Um motivo aparente atribuído pela criança e pelos pais a uma causa que parece fútil impede-a de frequentar a escola, devido às situações de pânico e de angústia que se desencadeiam, quando tem que se separar da mãe para se deslocar para o local dos seus estudos. Como em todas as situações de fobia, há uma forte participação da mãe e do resto da família da criança atingida (…).

Os motivos fúteis a que acima me refiro dizem respeito a acidentes vários a que a criança assistiu, histórias que ouviu, ameaças de companheiros ou de professores, etc.

Para alguém que tenha competência e experiência para fazer avaliação dos sintomas duma criança com “fobia escolar”, é evidente que os motivos apresentados, mesmo que logicamente plausíveis, não podem justificar uma angústia com as dimensões, como a que efectivamente se verifica.

Trata-se de uma crise relacionada com a evolução psicossexual em que a criança procura transformar as suas fantasias infantis, relacionadas com a “cena primitiva”, em algo cujo valor simbólico seja suportável. Não estando a criança preparada, através dos seus mecanismos de defesa, para sonhar, vivenciar ou compensar o seu erotismo genital, dá-se a eclosão da crise de angústia que exige uma intervenção terapêutica (…).

É situação rara que surge em crianças intelectualmente muito avançadas de meio sociocultural elevado.

 

“Vida, pensamento e obra de João dos Santos”

Maria Eugénia Carvalho e Branco

agorafobia

Etiologia da Depressão e da Agrofobia à luz da Vinculação

Depressão

A Teoria da Vinculação poderá ser de muita relevância para a compreensão da etiologia da depressão, como Bowlby propôs.

Experiências de perdas na infância, separação e rejeição pelos pais ou pelo cuidador poderão levar ao desenvolvimento de modelos internos de representação insegura. Representações cognitivas internas do self como não-amado/não-valorizado e figuras de vinculação que não fornecem amor e não são confiáveis pela criança, são consistentes com parte da tríade cognitiva da depressão de Beck.

Os tipos de vinculação são importantes na previsão de sintomas depressivos na adolescência. Crianças com vinculações inseguras têm maior prevalência de sintomas depressivos, comparativamente com crianças com uma vinculação segura.

Um estudo realizado numa população de estudantes afro-americanos que se propôs determinar a importância dos modelos internos de representação e do tipo de vinculação para o desenvolvimento de depressão concluiu que os indivíduos que têm uma visão positiva de si e dos outros têm uma complacência emocional que funciona como um mecanismo de protecção contra a depressão. Assim, estes estudantes com boa auto-estima vêem os outros como uma fonte confiável de apoio e reportam níveis inferiores de depressão.

Agorafobia

Quando uma criança sofre disrupções na vinculação como a perda ou a ausência da sua figura de vinculação, esta incorre num risco de “fobia escolar”.

Esta fobia, define-se como o medo de deixar a mãe e a sua casa, e poderá transformar-se numa agorafobia.

Num estudo retrospectivo que avaliou doentes agorafóbicos, Marks observou que 95% dos agorafóbicos afirmam ter maior medo quando estão sozinhos. Muitos deles evitam estar sozinhos em casa, e outros requerem a presença de alguém (vivenciado como securizante) quando tentam ultrapassar a sua fobia.

De acordo com Chambless (1982), estes agorafóbicos preferem a presença de um determinado membro da família. Este acompanhante expande as fronteiras da sua “zona de segurança”.

A semelhança entre esta perturbação e o uso da figura de vinculação como a “base segura” para exploração, evidente na Situação “Estranha” é, sem dúvida, evidente.

 

Este  post teve por base a tese de Mestrado integrado em Medicina:

“Teoria da Vinculação” – Nuno Ferreira Silva

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