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Borderline - Pedro Martins Psicoterapeuta Psicólogo Clínico

Borderline – Uma Introdução

A baixa tolerância à frustração no borderline, enraizada em frustrações precoces e repetidas sem envolvimento afectivo compensador e reconfortante, está na origem de uma das características da sua personalidade – a passagem ao acto.

A relativa incapacidade de controlo dos impulsos e a ansiedade tendencialmente invasiva não são mais que derivados da referida inconstância da estrutura mental.

Na tendência ao acto impulsivo e não pensado ou realização imediata do cenário fantasmático que a resposta instintiva constrói (encenação agida, acting-out) pesa, por conseguinte, como significativo factor condicionante a insuficiente antecipação a médio e longo prazo.

 

O Borderline vive permanentemente em stress e ansiedade

 

É esta quase ausência de antecipação do futuro ou previsão – de mentalização antecipatória -, que explica o comportamento borderline.

Assim andará ao sabor das marés do humor (das antecipações negativas ou positivas momentâneas, do curto prazo) e dos ventos dos estímulos (dos factores do meio não processados por um programa pessoal de vida preexistente).

O Borderline vive permanentemente em stress e ansiedade: submetido a forças externas deformantes (stressores) e com medo do que vai acontecer.

Nesta situação, ou condição de existência, nada faz de construtivo; apenas reage para conservar o equilíbrio.

Deste modo não aprende com a experiência; repete e repete-se: dá a mesma resposta – de fuga/luta ou adaptação (consoante domina a disposição activa ou passiva) – e permanece no seu estilo bidimensional – retirada/eliminação ou conformismo; jamais elaboração mental e a construção do novo: o pensamento e a criação.

Uma das características nucleares da personalidade-limite é a ausência de relações complementares.

As relações, no borderline, são de completação e não de complementaridade. Alguém faz-me falta para me sentir completo, inteiro; mas não para formar uma nova unidade, o par.

O que falhou? – Uma relação de vinculação em que, sendo alguém para outro alguém, o fizesse alguém de significativo e de significante.

 

Bibliografia: “O Desespero” – A. Coimbra de Matos

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